Foto: Rodrigo Temp Müller/UFSM
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) anunciaram a descoberta de um crânio quase completo de Saturnalia tupiniquim, dinossauro que viveu há cerca de 230 milhões de anos em Santa Maria. O fóssil, escavado em 2018 no sítio Cerro da Alemoa, revelou detalhes inéditos da espécie, como um crânio curto, afunilado e dentes serrilhados, características típicas de predadores.
O Saturnalia tupiniquim, apesar de ser um ancestral de dinossauros gigantes herbívoros, manteve traços primitivos, como dieta carnívora e pequeno porte, com cerca de 1,5 metro de comprimento. A descoberta encerra um debate de 25 anos sobre as proporções cranianas da espécie, confirmando hipóteses anteriores baseadas em tomografias de fósseis descritos em 1999.
A pesquisa foi liderada por Lísie Damke durante seu mestrado na UFSM, sob orientação do Dr. Rodrigo Temp Müller, com apoio de instituições como CNPq e FAPESP. Os cientistas continuam investigando mais fósseis para aprofundar o conhecimento sobre o comportamento e o desenvolvimento desse dinossauro emblemático do Rio Grande do Sul.