Foto: foto: Sd PM Patrick Duarte/CRPO Sul
Deflagradas na última sexta-feira (22), as Operações Caixa-Forte II e El Patron, que têm o intuito de desarticular um esquema comandado por facção de dentro do Presídio Regional de Pelotas (PRP), contabilizam até o momento 28 prisões, sendo 18 preventivas e 10 em flagrante. Além disso, já foram localizados 11, dos 28 veículos que são alvo de busca, 12 armas, mais de R$ 700 mil apreendidos ou bloqueados e cerca de sete toneladas de carne apreendidas. Os dados foram divulgados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) nesta terça-feira (26).
Uma das operações foi desencadeada para conter o tráfico de drogas e o ingresso de celulares no PRP e em casas prisionais de Charqueadas e Bagé, bem como, para atacar a venda de drogas na Região Sul do Estado. Já a El Patron mirou no braço financeiro da organização criminosa ao desmantelar um esquema de agiotagem com juros abusivos, chegando até 280%, jogos de azar, rifas e lavagem de capitais. A facção movimentou desde 2023 mais de R$ 32 milhões. Houve o bloqueio de 1,3 mil contas bancárias e o sequestro judicial de quatro imóveis e 10 empresas, entre açougues, frigorífico e imobiliárias no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
A apuração do GAECO continua com a análise de documentos e busca por mais veículos e interrogatórios de suspeitos. Ao todo, são 118 pessoas investigadas, entre elas, 27 apenados, sendo oito transferidos do PRP. O coordenador do GAECO – Região Sul, promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, foi o responsável pela investigação de cerca de um ano, que iniciou logo após a deflagração da Operação Caixa-Forte I, em dezembro de 2023, e também tendo como foco o PRP.