Quatro militares são presos acusados de planejar golpe de Estado em 2022 e atentado contra Alexandre de Moraes

 Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (19) cinco suspeitos, incluindo quatro militares do Exército e um policial federal, acusados de integrar um grupo que planejava um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A prisão faz parte da Operação “Contragolpe” da PF. O grupo teria elaborado um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, restringir o Poder Judiciário e assassinar o vice-presidente Geraldo Alckmin.

De acordo com a PF, o plano incluía a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), identificado como Alexandre de Moraes, caso o golpe fosse bem-sucedido. O grupo também pretendia monitorar o ministro de forma contínua antes de executar a ação.

Até as 6h50 desta terça, cinco pessoas foram presas com autorização de Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga tentativas de golpe e atos antidemocráticos durante o período eleitoral de 2022. Entre os presos estão:

  • General de brigada Mario Fernandes (reserva);
  • Tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
  • Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
  • Major Rafael Martins de Oliveira;
  • O policial federal Wladimir Matos Soares.

Além disso, o capitão Lucas Guerellus foi alvo de mandados de busca e apreensão. Um dos presos também atuou como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022 e como assessor parlamentar do deputado Eduardo Pazuello.

As investigações avançaram com a análise de dados recuperados de aparelhos eletrônicos. Parte das evidências veio de arquivos deletados nos dispositivos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que foram restaurados pelos peritos da PF. Outra parte significativa surgiu de celulares de outros militares envolvidos.