Foto: Reprodução/TSE
O Ministério Público (MP) recomendou a cassação do registro de candidatura de Gilvani Dall Oglio (Republicanos), conhecido como Gringo, eleito vereador em Porto Alegre, devido a uma denúncia de compra de votos.
Segundo a denúncia, o candidato teria oferecido combustível gratuito em troca da adesivagem de veículos com sua propaganda de campanha, caracterizando compra de votos.
O processo incluiu como evidências vídeos gravados em um posto de combustível e mensagens de grupos de WhatsApp de motoristas de aplicativos e motoboys, divulgando a ação. A defesa de Gringo alega que a distribuição de gasolina foi organizada por um empresário entusiasta da campanha e que não houve envolvimento direto do candidato.
O MP, no entanto, sustenta que as imagens mostram claramente a adesivação dos veículos após a entrega de combustível, caracterizando uma conduta irregular.
“A distribuição de bens ocorreu em período próximo à eleição, buscando vantagem indevida, o que prejudicou a integridade do processo eleitoral”, afirmou a promotora Lúcia Helena Callegari.
Segundo a Zero Hora, o advogado de Gilvani, Rafael Morgental Soares, argumenta que não há provas concretas de compra de votos e acredita na absolvição do candidato. Ele defende que a ação foi uma iniciativa espontânea do empresário, sem envolvimento direto de Gringo.
A Justiça Eleitoral finalizou a etapa de coleta de provas e agora o caso segue para decisão do juiz, que determinará se o registro de candidatura será cassado.