Diagnosticada com hidrocefalia severa, bebê de sete meses busca ajuda para tratamento com órtese craniana

Foto: Reprodução

Com menos de um ano de vida, a pequena Cecília Machado possui uma história de luta e superação. Diagnosticada com Hidrocefalia Isolada Severa, doença que não tem cura, a bebê, natural de Pelotas, busca ajuda da população para realizar o tratamento de uma Plagiocefalia com uma Órtese Craniana, uma espécie de capacete, que buscará ajudar em seu desenvolvimento motor. A família está realizando uma vaquinha online, assim como uma rifa para a arrecadação de recursos.

Cecília foi diagnosticada com o tipo severo de hidrocefalia quando ainda estava na barriga da mamãe Kerolen Machado. A doença ocorre quando o líquido do cérebro não é drenado corretamente, acumulando-se nos ventrículos cerebrais. Quando a quantidade de líquido é excessiva, a pressão intracraniana aumenta, gerando uma cabeça excepcionalmente grande e um desenvolvimento anormal.

Com o diagnóstico, o primeiro procedimento em que a bebê foi submetida aconteceu ainda no útero, através de uma cirurgia intrauterina para buscar a desobstrução. “Ajudou a diminuir a velocidade com que a cabecinha dela estava crescendo, pois o parto era de risco para ela e para mim“, contou a mãe. Posteriormente, ao nascer, uma válvula foi implantada no cérebro de Cecília, afim de redirecionando o líquido cefalorraquidiano para outra parte do corpo.

Atualmente com sete meses de vida, a mãe pontua como superação o fato de ter a filha em seus braços. “Ela foi muito desenganada, os médicos diziam que ela não ia durar nem minha gestação, que ela ia morrer dentro da minha barriga. Falavam ‘se ela durar a gestação, quando nascer vai morrer’. Então ela é meu milagre e está ai mostrando para eles que não é bem assim do jeito que eles falavam“. Kerolen afirma que durante gestação, profissionais deixavam clara a possibilidade de Cecília viver em estado vegetativo.

Em busca de um melhor desenvolvimento

Após seu nascimento, cada dia passou a ser comemorado como uma nova conquista, mas as incertezas ainda são grandes. “Ela tem o corpo molinho. Ela recém está começando a firmar a cabeça, porque nós fazemos fisioterapia. Eu faço movimentos com ela em casa, mas a gente ainda vê que há um caminho muito longo para ela realmente se firmar e talvez não seja nem certo que ela consiga se firmar ou caminhar um dia“, conta a mãe.

Ela desenvolve muito bem, ela presta atenção na gente, faz os barulhinhos e parece que quer conversar. Ela se alimenta normalmente, com leite pela mamadeira, agora estamos começando a introdução alimentar. A gente faz as fisios e estou tentando mais pela justiça […] Rudo que eu puder e conseguir ir atrás eu vou tentar“, complementa Kerolen.

Necessidade do capacete

Por conta da hidrocefalia, Cecília tem uma Plagiocefalia, ou seja, uma condição que causa a achatamento da cabeça do bebê em uma ou mais áreas, devido à pressão constante exercida em uma região específica. Tal condição pode causar problemas que vão muito além da condição estética, resultando em complicações na visão e audição, desenvolvimento de escoliose e dificulta de no desenvolvimento motor da criança.

Com isso, há a necessidade de um tratamento com a chamada Órtese Craniana. “Ela vai ajudar a deixar a cabeça dela simétrica para que seja um peso a menos quando ela for levantar e ficar firmezinha“, explica a mãe. Para isso há uma corrida contra o tempo, pois o tratamento é indicado até os 18 meses de vida da criança, com resposta melhor apresentada nos primeiros 12 meses.

O valor do capacete é elevado, custando R$ 4,7 mil. A família conseguiu arcar com os custos do equipamento, entretanto, enfrenta agora a dificuldade financeira de desembolsar o valor para a manutenção da órtese. Segundo Kerolen, os procedimentos de reparação custam R$400 e devem ser feitos a cada 21 dias, com isso a família precisa se deslocar até São Paulo, onde encontraram o equipamento a disposição, arcando, além da manutenção, com o valor do deslocamento de Pelotas até a cidade paulista.

Como ajudar?

Na vaquinha solidária, os interessados podem doar qualquer quantia para o Pix (53) 98156-6909, no nome de Kerolen Valadão Machado.

Há também a rifa, com sorteio marcado para o dia 10 de novembro e com o valor de R$10 o número. Serão sorteados combos estéticos como alisamento + corte; corte + hidratação + escova; mão + pé; e luzes + hidratação. Para adquirir basta clicar neste link.