Foto: Divulgação/Secretaria da Saúde RS
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul formalizou a acusação contra 41 médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Porto Alegre por não cumprirem os horários de trabalho estabelecidos. Incluídos no processo estão cinco supervisores diretamente envolvidos, bem como uma sexta pessoa externa ao SAMU, que teve acesso ao sistema por permissão de um superior, conforme relatado pelas autoridades.
Ao todo, 52 acusações foram emitidas contra 42 indivíduos por envolvimento em quatro delitos diferentes: prevaricação, inserção de informações falsas em sistema eletrônico, falsificação de documentos e invasão de sistemas informáticos.
A investigação revelou que, dos horários contratados pelo governo, os médicos cumpriram menos de 60% das horas, ainda assim recebendo pagamento integral. Este comportamento resultou em atrasos no atendimento aos pacientes necessitados.
Segundo Augusto Zenon, delegado responsável pelo caso, a análise incluiu documentos, interrogatórios e dados digitais, expondo um esquema estável de manipulação de registros de ponto pelos coordenadores do SAMU. O caso segue para o Ministério Público, que decidirá se leva os acusados a julgamento.
As punições podem incluir serviços comunitários e multas, já que os crimes relacionados não implicam em prisão devido à natureza das infrações, focadas na irregularidade das escalas de trabalho sem trocas financeiras ilícitas.