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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS) acusou o casal de influenciadores, formado por Dilson Alves, conhecido por Nego Di e sua companheira Gabriela Souza, de cometer uma série de crimes, incluindo estelionato e lavagem de dinheiro, por meio de rifas digitais ilegais que movimentaram milhões.
A equipe especializada do Ministério Público do Rio Grande do Sul, junto à Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre e ao 1º Núcleo Regional do GAECO – Capital, formalizou a denúncia. A acusação veio após uma investigação detalhada, que culminou em uma operação em Santa Catarina no dia 12 de julho.
O promotor Flávio Duarte, que liderou a investigação, denunciou o casal ao Judiciário por múltiplos delitos, incluindo estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso, e uma contravenção penal vinculada à promoção de loterias na forma de rifas digitais não autorizadas.
Os influenciadores foram responsáveis pela organização de rifas digitais entre novembro de 2022 e maio de 2024. Eles ofertavam prêmios financeiros e materiais em troca de participação financeira, acumulando cerca de R$ 2,5 milhões de mais de 300 mil transferências bancárias.
Nego Di é acusado especificamente de estelionato ao promover fraudulentamente a rifa de um veículo Porsche Macan e de R$ 150 mil em dinheiro a partir de dezembro de 2023. Ele usou estratégias enganosas, incluindo vídeos nas redes sociais, para ludibriar os participantes, transferindo o veículo prometido antes do sorteio e manipulando o resultado para garantir que o número que ele mesmo adquiriu fosse o sorteado.
A denúncia se estende à lavagem de dinheiro, onde o casal é acusado de canalizar os lucros ilícitos das rifas para a compra de bens de luxo, como carros de alto padrão e imóveis em locais privilegiados como a Capital, a Serra e o Litoral gaúcho, além de cobrir despesas pessoais.
Outro grave delito atribuído ao influenciador é o uso de documento falso. Em maio deste ano, ele postou nas redes sociais um comprovante falso de transferência PIX de R$ 1 milhão, supostamente destinado a uma campanha de ajuda às vítimas de uma enchente no estado, enquanto na realidade, a transferência efetiva foi de apenas R$ 100.