Foto: Felipe Freitas
Moradores de Pelotas relatam, na manhã de quarta-feira (24), terem ouvido um estrondo, em uma espécie de trovão. O barulho percebido foi relatado como de menor proporção que o sentido no dia 27 de junho, quando a cidade registrou um terremoto de magnitude 2.5 na Escala Richter, conforme notificado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). O Bairrista entrou em contato com a Defesa Civil do município, que afirmou não ter registrado notificações a respeito.
O estrondo foi ouvido em algumas regiões da cidade por volta das 10h, importante ressaltar que a cidade conta com tempo limpo e sem possibilidade de chuva. Através das redes sociais moradores dos bairros Arco Íris, Sítio Floresta, Areal e Colônia Z3 confirmaram o caso. Assim como em outras localidades na zona rural, como Cerrito Alegre e Passo do Salso. Por outro lado, a população de outras localidades, como no Centro e Três Vendas, afirmam não ter conhecimento do barulho.
“Estou nas Três Vendas, perto do aeroporto, e não escutei nada“, relata uma mulher através do Facebook. “Da última vez foi nítido que não foi a pedreira, mas agora acredito que foi a pedreira sim“, contesta outra, comparando a situação com a do mês passado e supondo o estrondo estar lidado às atividades da pedreira do Capão do Leão.
Em contato com O Bairrista, o coordenador da Defesa Civil, coronel Márcio André Facin, afirmou que o órgão não recebeu nenhuma notificação à respeito, tampouco os sismógrafos registraram alguma coisa, conforme comunicação entre os órgãos municiais e a USP.
Sobre o caso de junho, um tremor de terra foi sentido na cidade às 17h40. Na oportunidade, o Corpo Cientifico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), emitiu um comunicado afirmando afirma que as 20:40 UTC, horário que corresponde as 17h30min em Pelotas, foi registrado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) um terremoto de magnitude 2.5 na Escala Richter no município. Até a publicação desta matéria, o mesmo site de monitoramento não continha qualquer informação sobre um tremor nesta quarta-feira em Pelotas.
Vale lembrar que, de acordo com especialistas da UFPel, 16 tremores de pequena magnitude, como o desta quinta, já foram registrados desde 2015 na região sul do Estado. Segundo o Centro de Sismologia, a maioria dos tremores tem possuem causas naturais e se devem a grandes pressões geológicas atuando na crosta terrestre, sendo assim, as pessoas sentem a movimentação repentina em alguma falha ou fratura que escorrega com as pressões geológicas.