Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores Pelotas
Durante fala na sessão da Câmara de Vereadores desta quinta-feira (4), o presidente da CPI do Pronto Socorro, Rafael Amaral (PP), trouxe novo levantamento quanto a inconsistências nos números do caixa do Pronto Socorro em 2023. A CPI, que apura possíveis desvios de verbas no HPS, já chegou ao número de R$ 8.533 milhões de inconsistências em cima dos documentos analisados.
O presidente da comissão voltou a ressaltar que ainda não recebeu nenhum retorno por parte do governo municipal quanto ao caso: “Nós já mostramos que existem notas duplicadas. Nós já mostramos que, no ano de 2023, foram R$ 8.533.000 de inconsistências. E até agora, não recebemos nada do governo, mostrando diferente. Mostrando que esses números estão errados. No dia da última reunião da CPI, eu apresentei documentos, vindo da tesoureira, que é a contadora, e nós levantamos, pelos números, R$ 8.533.000,00. Esse é o número da CPI“, afirmou.
Além disso, Amaral reafirmou que ainda busca ouvir o ex-diretor administrativo do Pronto Socorro, Misael Cunha. O vereador afirmou que sua equipe segue buscando notificá-lo reiteradas vezes, mas não vem tendo sucesso até agora. Vale ressaltar que um dos pontos da investigação é que, ao longo de 2023, a empresa de portaria M de Souza Leão LTDA teria recebido R$ 270 mil em pagamentos duplicados de quatro notas. Em seu depoimento, a ex-diretora-geral do PS, Odineia da Rosa, afirmou inclusive que Cunha foi promovido de gerente financeiro para o status de diretor sem aumento salarial e a pedido dele próprio.
“Não sei quantas vezes o pessoal da minha equipe já tentou notificar o Sr Misael. Muitas vezes foram até a frente do prédio onde ele mora, e o porteiro afirma que ele nunca está em casa. Eu não entendo isso. Peço que tu venhas até aqui, até agora tu não és culpado de nada. Vem honrar teu nome e tua família. Lá do (bairro) Simões Lopes, de onde eu venho, existe uma máxima: quem não deve, não teme. Nós seguiremos buscando notificá-lo“, finalizou.