Em audiência Cobasi não apresenta proposta de negociação com Defensoria Pública por morte de animais em shopping

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Durante uma audiência na quarta-feira (26), a Cobasi, conhecida rede de pet shops, não apresentou propostas de negociação em uma ação movida pela Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. A empresa é acusada de negligenciar 175 animais nas suas lojas de Porto Alegre durante as enchentes, resultando na morte desses animais.

A Defensoria exige uma indenização de R$ 50 milhões pelos danos ambientais, à saúde pública e psicológicos causados à comunidade. “A proposta apresentada é irrisória e não reflete a magnitude do dano causado,” afirmou João Carmona Paz, defensor público do Núcleo de Defesa Ambiental, destacando a falta de sensibilidade da empresa diante do ocorrido.

Em maio, as enchentes que devastaram partes de Porto Alegre levaram os funcionários da Cobasi a evacuar equipamentos eletrônicos das lojas, mas negligenciaram a segurança dos animais, que acabaram morrendo afogados. Esta decisão resultou em uma repercussão negativa significativa para a empresa.

Apesar de um acordo com o Ministério Público, onde a Cobasi se comprometeu a doar casinhas para cachorros e fornecer ração para 500 animais durante um ano, as negociações na ação civil ainda estão pendentes. Representantes da ONG Princípio Animal e do Instituto Ame Patas, ambos envolvidos na ação como Amicus curiae e autor da ação, respectivamente, também participaram da audiência.

O caso ganhou notoriedade quando, em 19 de maio, foi denunciado que muitos animais foram abandonados em uma unidade da Cobasi localizada no subsolo de um shopping, que ficou completamente alagado. Os animais, incluindo roedores, pássaros e peixes, não sobreviveram à inundação. Adicionalmente, 38 corpos de animais foram recuperados das águas, que estavam contaminadas com esgoto e exalavam um forte odor.