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Um encontro entre membros do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e o governador Eduardo Leite gerou tumulto no final da tarde de segunda-feira (24) no Palácio Piratini, em Porto Alegre. O grupo, que representa famílias desabrigadas de regiões como Humaitá, Lomba do Pinheiro, Santa Rosa e Sarandi, foi recebido pelo governador para discutir questões relativas às ocupações urbanas.
A situação escalou após a reunião, resultando na prisão de um participante do MLB, acusado pela Brigada Militar de agredir um membro da Casa Militar. O incidente envolveu um soco que teria levado à perda de um dente do oficial. O suspeito foi encaminhado ao Palácio da Polícia por deputados estaduais Matheus Gomes (PSol) e Miguel Rosetto (PT), acompanhando o desdobramento das negociações.
O conflito começou quando, após a reunião, Priscila Voigt, uma representante do movimento, afirmou que Eduardo Leite garantiu que os manifestantes poderiam se retirar pacificamente. Contudo, um desentendimento com a Brigada Militar ocorreu, levando a um confronto físico entre um oficial e um manifestante. Segundo o MLB, o confronto resultou em um integrante ferido e a detenção injusta do manifestante.
A Brigada Militar sustentou que a agressão ao membro da Casa Militar, um idoso, constituía um flagrante delito, justificando a detenção do responsável pelo ato. Em contrapartida, o MLB contestou a versão da polícia, alegando que o suposto agressor foi mordido no dedo pela suposta vítima. Este incidente motivou o manifestante a registrar um boletim de ocorrência e solicitar imagens de monitoramento para esclarecer os eventos.
O governo do Estado não se pronunciou oficialmente sobre o incidente no Palácio Piratini, que terminou com a liberação dos manifestantes, que retornaram aos seus bairros após a intervenção.