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Na segunda-feira (13), os clubes membros da Liga Forte União (LFU) enviaram um documento oficial à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), propondo a suspensão imediata do Campeonato Brasileiro até 31 de maio em resposta à grave situação climática no Rio Grande do Sul.
A LFU justificou a medida em suas redes sociais como “necessária por razões humanitárias e para garantir a justiça competitiva“. O grupo é composto por Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, e Vasco, com Atlético-MG, Red Bull Bragantino, Corinthians e Grêmio também apoiando a parada.
A iniciativa surge após a CBF solicitar, na sexta-feira anterior, um posicionamento dos clubes filiados sobre a possibilidade de interromper os campeonatos nacionais devido ao desastre natural.
Até então, a maioria se opunha à interrupção, preocupados com conflitos de calendário previstos para os próximos anos, incluindo a Copa do Mundo de Clubes de 2025 nos EUA, que afetaria a organização dos torneios nacionais.
No domingo, a CBF anunciou uma reunião extraordinária para o dia 27 de maio com o conselho técnico do Brasileirão para discutir a situação dos clubes gaúchos afetados pelas enchentes, que já resultaram no adiamento de seus jogos. Esta decisão de atrasar a discussão provocou críticas, como as do vice-presidente do Grêmio, Antônio Brum, que expressou sua frustração com a demora da entidade em reconhecer a gravidade da situação.
Enquanto isso, apenas os jogos envolvendo times do Rio Grande do Sul estão adiados, tanto em competições nacionais quanto continentais, como as Copas Libertadores e Sul-Americana, disputadas por Grêmio e Internacional, respectivamente.
Desde o final de abril, chuvas intensas têm devastado o Rio Grande do Sul, impactando milhões de pessoas. A Defesa Civil reportou que 147 pessoas perderam a vida, 127 estão desaparecidas e mais de 800 ficaram feridas.