Foto: Cesar Lopes/ PMPA
As enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul resultaram em danos significativos às infraestruturas rodoviárias do estado, com previsões de custos de recuperação em torno de R$ 230 milhões. Este valor contempla a reparação de pontes, viadutos, passarelas e túneis, conhecidos como “obras especiais”, segundo um relatório preliminar do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER).
Desde o início das chuvas em 30 de abril, o impacto foi intenso: inicialmente, havia oito bloqueios totais e diversos pontos de observação. Com o agravamento das condições, o número subiu para 170 bloqueios em 79 rodovias estaduais, afetando 97 municípios. Até agora, cerca de 40 trechos em 20 rodovias foram reabertos ao tráfego.
Os danos foram mais severos nas rodovias federais da Região Metropolitana e do Vale do Caí, enquanto nas estaduais, as principais causas de bloqueios foram acumulação de água e erosões. Estes estão sendo gradualmente controlados por meio de contratos de manutenção rodoviária.
Em áreas específicas como Bento Gonçalves e Lajeado, além dos danos contínuos, eventos como a colisão de uma balsa com uma ponte exacerbaram a situação. Em resposta, o DAER solicitou ao exército a instalação de pontes móveis em locais críticos, como o único acesso asfáltico ao município de Santa Tereza e a via de acesso a Dilermando de Aguiar, onde uma ponte sofreu danos estruturais graves.
A região do Vale do Taquari, uma das mais afetadas, viu o colapso de uma ponte essencial para a ligação do município de Travesseiro com a BR-386, levando à solicitação de uma avaliação para instalação de uma ponte móvel pelo exército.
Continuam os esforços para desobstruir as vias e restaurar a normalidade, enquanto a região de Cachoeira do Sul enfrenta interdições devido à água transbordando sobre pontes e destruição de quilômetros de asfalto entre Agudo e Dona Francisca.