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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou na terça-feira (5) a cassação dos mandatos do prefeito, vice-prefeito e presidente da Câmara Municipal de São Francisco de Assis. Eles foram condenados por compra de votos e abuso de poder. A decisão inclui a realização de eleições suplementares no município, mas a data ainda não foi definida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O prefeito Paulo Renato Cortelini, do MDB, teve seu diploma cassado e pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). O vice-prefeito Jeremias Izaguirre de Oliveira (PDT) e o vereador Vasco Henrique Asambuja de Carvalho (MDB) também tiveram seus diplomas cassados e foram considerados inelegíveis por oito anos a partir das eleições de 2020.
Os políticos negam as acusações. Cortelini afirma que “nada fez” e que vai recorrer da decisão. Oliveira lamenta a decisão da Justiça e espera retornar à prefeitura em algumas meses, enquanto Carvalho alega que as acusações são uma armação dos adversários políticos.
O promotor Vinícius Cassol, que solicitou a cassação, afirma que foram comprovadas irregularidades na campanha eleitoral de 2020. Ele ressalta que a decisão serve de alerta para futuros candidatos.
Os políticos foram eleitos com 6,6 mil votos em 2020. Após a votação, a Polícia Civil realizou buscas nas casas deles e apreendeu aparelhos eletrônicos. As investigações indicam que os políticos teriam oferecido benefícios em troca de votos, além de usar recursos públicos para angariar votos.