Foto: Divulgação/Polícia Civil
Nesta quarta-feira (20), o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) lançou a terceira fase da Operação Irmandade, com o objetivo de desmantelar o núcleo financeiro de uma facção criminosa com atuação no Vale do Sinos. A suspeita é que o grupo tenha movimentado R$ 50 milhões em apenas 11 meses. A operação visa 20 suspeitos e cinco empresas, usadas para lavagem de dinheiro.
Durante a operação, foram executadas 23 ordens judiciais, incluindo mandados de busca, bloqueio de bens e vistorias em empresas reais e de fachada. As ações ocorreram em diversos estados, como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. No RS, as ações aconteceram em Porto Alegre, São Leopoldo, Gravataí, Sapucaia do Sul, Lajeado, Santa Maria, Panambi, Ijuí e Charqueadas.
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A investigação aponta que o dinheiro proveniente do tráfico de drogas era dispersado em contas bancárias de residentes do RS, espalhados por diferentes estados brasileiros. Esses valores também eram usados para adquirir imóveis de luxo em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”.
As duas primeiras fases da Operação Irmandade ocorreram em julho e novembro de 2021, resultando na apreensão de mais de R$ 11 milhões em bens e no indiciamento de 43 suspeitos.
Nesta nova fase, a investigação identificou contas usadas como intermediárias, fracionando o dinheiro para evitar a detecção pelas autoridades. Esses ativos eram utilizados por criminosos ligados ao tráfico internacional de drogas em São Leopoldo, com conexões com máfias europeias.
A operação também visou um dos líderes do tráfico no Vale do Taquari, que está cumprindo pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Além disso, um suspeito, que é ex-detento da Pasc e cumpria pena em regime semiaberto com tornozeleira, encontra-se foragido. Durante as buscas em sua residência, a tornozeleira foi encontrada intacta. A operação é liderada por um traficante conhecido como Fábio Nóia e seu irmão, ambos foragidos até o momento.