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O médico João Batista do Couto Neto, sob investigação por causar a morte de 42 pacientes e lesões em 114 outros em Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre, conseguiu um alívio judicial significativo na última segunda-feira (18). Ele obteve um habeas corpus, conforme informado pelo delegado Tarcísio Kaltbach, responsável pela investigação, e pelo advogado de defesa, Brunno de Lia Pires.
Esta decisão, atualmente mantida sob sigilo, vem após a prisão de Couto em um hospital de Caçapava, interior de São Paulo, na tarde de quinta-feira (14). O médico enfrentava prisão preventiva, decretada no fim de novembro, sob acusação de homicídio doloso (intenção de matar) em três inquéritos distintos pela Polícia Civil.
O cenário se agravou quando Couto foi capturado pela Polícia Civil enquanto prestava atendimento no hospital. Após sua prisão, diversas cidades do interior paulista descredenciaram o médico de suas redes de saúde.
Em um desenvolvimento relevante, em fevereiro deste ano, João Couto conseguiu se registrar no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Apesar de enfrentar uma suspensão parcial de sua licença, o Cremesp confirmou a necessidade de registrar o médico.
O delegado Kaltbach aponta que a conclusão de novos inquéritos contra Couto está pendente, aguardando laudos do Departamento Médico Legal de Porto Alegre.