Foto: Arquivo pessoal
A Câmara de Vereadores de Sapiranga, na Região Metropolitana, decidiu suspender o mandato do vereador Ado Machado (MDB) por 15 dias devido a falas transfóbicas feitas durante uma sessão no plenário da casa. A decisão ocorreu após o vereador proferir declarações, que foram transmitidas pela internet. Ele afirmou: “Só me torno um transfóbico, um homofóbico, se eu querer (sic) matar os trans pela opção“.
Ao portal g1, o vereador afirmou que um vídeo que ele gravou e compartilhou online gerou “toda a polêmica”. No vídeo, ele expressou sua oposição à ideia de que uma pessoa que tenha nascido biologicamente como homem possa usar banheiros femininos em lugares públicos. No entanto, ele enfatizou que “não agrediu ninguém”.
O Bairrista mais perto de ti, vivente!
Ouça o Notícias na Hora do Mate, o podcast do Bairrista: Clique aqui!
Sete denúncias foram encaminhadas à ouvidoria do Legislativo Municipal, o que levou a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar a iniciar uma investigação. Uma dessas denúncias, apresentada em setembro, mencionava a prática de crimes de transfobia e discurso de ódio.
Na sessão da última terça-feira (5), o relatório final da comissão foi lido e recomendou a responsabilização do vereador. Seus colegas concordaram com a punição, resultando na suspensão do mandato.
“Não precisa ter muito estudo para nós (sic) discernir o que significa transfobia e o que significa homofobia. Eu acho interessante que nós temos professores aqui. Eu não me torno… Ninguém se torna um transfóbico ou um homofóbico se não concordar com alguma coisa. Eu só me torno um transfóbico, um homofóbico, se eu querer (sic) matar os trans pela opção”, argumentou Machado.
Essa declaração provocou indignação na audiência da sessão. A Brigada Militar (BM) foi chamada, e o vereador foi levado a uma delegacia de polícia, onde foi registrado um boletim de ocorrência por injúria. Um inquérito foi aberto para investigar o caso e determinar se as declarações do parlamentar podem resultar em consequências criminais.