Foto: Ricardo Duarte/Inter
O técnico do Inter, Eduardo Coudet, expressou sua insatisfação com alguns aspectos do futebol brasileiro após sua experiência no comando da equipe. A manifestação do treinador foi feita após a partida contra o RB Bragantino, no domingo (26), mesmo com seu time triunfando sobre o adversário, por 1 a 0.
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Em particular, o treinador argentino destacou a exaustiva sequência de jogos e a inconsistência na qualidade dos gramados como pontos de descontentamento.
“Jogadores cansados não vão jogar igual. Sempre falei o mesmo, desde 2020, o que acho, campo ruim e jogadores cansados. É a minha humilde opinião. É o que posso falar contra o futebol brasileiro é isso. Campo ruim é muito difícil mostrar o melhor que tem no futebol brasileiro, que é a técnica”, desabafou.
Coudet enfatizou que o calendário apertado do futebol brasileiro prejudica o desempenho dos jogadores, impedindo-os de apresentar seu melhor futebol. Ele citou o exemplo da sequência de oito jogos que o Inter enfrentou em apenas 24 dias, mencionando que os jogadores estavam visivelmente cansados e exaustos.
“O problema é o calendário. Quando vejo TV, todos os técnicos falam o mesmo. É muito difícil. Agora, vamos jogar quarta e depois sábado, nem 72 horas, não tem como recuperar. O jogo com o Palmeiras (último antes da data Fifa) era o oitavo seguido em 20 dias. Tinha que perguntar para eles quem podia iniciar. Jogadores muito cansados e esgotados. Isso prejudica o produto”, afirmou.
Além disso, Coudet criticou a condição dos gramados em vários estádios, afirmando que muitos não atendem a um padrão mínimo de qualidade. Para ele, campos sintéticos não são a solução ideal. Inclusive, o próprio campo do Beira-Rio, que é considerado um dos melhores do país, não escapou das críticas do técnico. Ele apontou que mesmo este gramado sofreu deterioração após a realização de um show recentemente.
“Hoje tenho que falar que não temos o campo (Beira-Rio) que queríamos porque precisa fazer show e acontece com todos. Pode achar que não estou contente com nada. Não gosto de jogar no sintético, mas com todo dinheiro que se move no futebol acho que podemos dar maior importância a campos bons e naturais porque ajuda muito”, concluiu Coudet.