Foto: Junior Souza/CBF
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu um comunicado oficial em resposta aos ataques racistas recebidos em sua conta no Instagram. Os ataques foram feitos após as derrotas da Seleção Brasileira principal e sub-17 para a Argentina. Em alguns comentários os jogadores brasileiros teriam sido comparados a macacos.
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A CBF informou que já notificou as autoridades policiais para identificar e punir os responsáveis, considerando que tais atos são crimes sob a legislação brasileira, passíveis de prisão.
“A CBF já tomou as medidas cabíveis nesse caso, que são: comunicar as autoridades policiais, visando a identificação e punição dos autores desses ataques, pois se tratam de crimes capitulados na legislação brasileira, inclusive punidos com pena de prisão. Além disso, tais perfis foram denunciados ao Instagram. Também na esfera desportiva, foram enviados ofícios à FIFA e Conmebol, dando ciência do fato.
Esse tipo de crime não será tolerado. Ao contrário de um passado não tão distante, de uma CBF indiferente, iremos enfrentar a questão do racismo e continuar empunhando a nossa bandeira de combate a esse crime”, disse a CBF em comunicado oficial.
O presidente da CBF, Ednaldo, também foi vítima de ataques racistas e xenófobos, sendo depreciativamente referido como índio.
Dentro da nota publicada pela CBF, Ednaldo, destacou seu orgulho em ser o primeiro presidente negro, nordestino e descendente de indígenas da CBF, reafirmou seu compromisso com a luta pelo respeito e igualdade.
“Tenho orgulho de ser o primeiro negro, nordestino, descendente de indígenas a ocupar a presidência da CBF. Sempre soube e sigo consciente da minha luta e das dificuldades que terei que passar ao longo da minha vida por não ter origem na elite do Brasil, de ter vindo do interior do Nordeste.