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Neste domingo (22), a Argentina realiza o primeiro turno das eleições para escolher seu próximo presidente. Cinco candidatos disputam o cargo após as primárias realizadas em agosto.
Os concorrentes incluem Sergio Massa, representante peronista e atual ministro da Fazenda; o ultradireitista Javier Milei; a ex-ministra de Segurança Patricia Bullrich; o governador de Córdoba Juan Schiaretti; e Myriam Bregman, candidata da extrema-esquerda. As pesquisas indicam que Javier Milei lidera, mas pode não alcançar a vitória no primeiro turno.
Os desafios para o próximo presidente argentino são significativos, incluindo uma inflação de quase 140%, crise cambial e contas públicas exauridas. Cerca de 40% da população vive na pobreza. Recentemente, o instituto de estatística argentino registrou a inflação mais alta em um mês desde fevereiro de 1991, com dois meses consecutivos de inflação de dois dígitos. Além disso, o valor do dólar ultrapassou pela primeira vez a marca dos 1.000 pesos argentinos.
O sistema de votação na Argentina é semelhante ao do Brasil, com eleição presidencial em dois turnos. Se nenhum candidato obtiver 45% dos votos ou 40% com mais de 10% de vantagem sobre o segundo colocado, os dois mais votados disputam o segundo turno em 19 de novembro. O novo presidente assumirá o cargo em 10 de dezembro, com mandato até dezembro de 2027.
Pesquisas eleitorais
A última pesquisa realizada no país, da consultoria RDT publicada no Clarin, aponta que o Milei poderia passar dos 38% enquanto o ministro da Economia, Sergio Massa, teria 27%, seguido pela ex-ministra Patricia Bullrich, com 23%. O levantamento foi feito entre os dias 28 de setembro e 03 de outubro como uma margem de erro de 3 pontos percentuais.
Mas nem todas as pesquisas são tão positivas assim para Javier Milei. Uma compilação de 12 pesquisas feita pelo La Nacion mostra que o libertário oscila de 25% a 35% a depender do levantamento. Enquanto Massa pode ir de 26% a 32% e Bullrich varia de 21% a 28%.