Foto: Ivan Storti/Santos
Dois meses após a denúncia de importunação sexual supostamente praticada pelo ex-jogador Paulo Roberto Falcão contra uma recepcionista de 26 anos em um condomínio em Santos, as investigações continuam em curso. A advogada da vítima, Pâmela Mendes, revela que um faxineiro do local onde o incidente ocorreu confirmou à Polícia Civil que testemunhou a colega sendo importunada pelo ex-coordenador de esportes do Santos. A informação foi divulgada pelo site Trivela.
Além do faxineiro, dois gerentes do condomínio foram intimados pela delegada encarregada do caso e afirmaram que a recepcionista já havia reclamado do comportamento de Falcão para eles.
“Ela (a vítima) foi importunada em duas ocasiões. Entre esses dois episódios, houve uma mudança na gerência do condomínio. Apesar da troca de gestão, a vítima fez questão de informar aos dois gerentes o que tinha acontecido, e ambos confirmaram para a delegada que tinham conhecimento das queixas da funcionária“, afirmou a advogada.
A a advogada afirma ainda que empresa não ofereceu apoio adequado para a vítima. “No início, disseram que ela seria transferida para outro local, mas após o marido dela conceder uma entrevista, a empresa ofereceu 30 dias de férias. O ideal teria sido o afastamento, pois ela sofreu um grande impacto psicológico. Depois deste incidente, solicitamos uma rescisão indireta e antes do término das férias, ela foi desligada. Atualmente, temos uma ação em curso contra a empresa e acreditamos que haverá um acordo“.
Relembre
O caso em questão veio à tona no dia 8 de agosto, quando o boletim de ocorrência foi registrado. De acordo com o Trivela, que afirma ter tido acesso ao boletim de ocorrência (BO) e ao depoimento da mulher à delegada, no B.O consta que Falcão teria se “dirigido ao espaço reservado para o monitoramento e, disse apontando para a câmera de segurança: ‘Não sabia que aqui tinha câmera de segurança’ sendo que enquanto o autor falava, roçou o pênis no braço esquerdo dela, que esquivou-se”.
Ainda segundo o relato no boletim, Falcão, em uma segunda oportunidade “foi até a recepção e ingressou no espaço reservado para monitoramento, posto de trabalho da ofendida, onde é permitida apenas a presença de funcionários da recepção, apontou para a câmera que exibia uma imagem e disse: ‘nossa que imagem bonita’, e novamente ele comprimiu o pênis no braço da vítima, dessa vez de forma mais contundente, e ela tornou a esquivar-se”.