Foto: Divulgação/Polícia Civil
Na manhã desta segunda-feira (25), em Porto Alegre, foi revelado pela Polícia Civil que uma disputa judicial envolvendo a custódia de uma criança de 6 anos levou a mãe, um tio e uma tia de um garoto de 2 anos a simularem o sequestro do menor. Ambas as crianças são primos.
A mãe, ao prestar depoimento à Polícia Civil na sexta-feira (22), atribuiu o “sequestro” ao ex-marido de sua irmã. Aparentemente, o objetivo era retaliar e prejudicar o ex-cônjuge de sua irmã – envolvida na simulação do sequestro – na batalha legal pela guarda. O ex-marido e a irmã são pais da criança de 6 anos.
Conforme revelado, as três pessoas responsáveis pela farsa foram detidas no domingo (24), porém, liberadas no mesmo dia após ordem judicial. Elas enfrentarão acusações de denunciação caluniosa, associação criminosa e, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de expor a criança a situações vexatórias ou constrangedoras.
Camila Defaveri, chefe da 1ª Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, declarou: “Foi um teatro. Durante todo o período de investigação, os autores tentaram ludibriar e enganar os policiais inventando histórias, com narrativas confusas sobre o paradeiro da criança”
O caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais, foi inicialmente divulgado como um sequestro real. Em uma publicação, a mãe, de 20 anos, alegou que seu filho fora raptado na Zona Sul da cidade. Posteriormente, após uma profunda investigação, os três admitiram a mentira.
A criança foi localizada em segurança em uma residência no bairro Restinga. Um casal informou à polícia que foi pago para cuidar temporariamente do menino. Ambas as crianças, o de 2 e 6 anos, estão seguras sob a proteção de sua avó materna.
A diretora da Divisão Especial da Criança e do Adolescente, delegada Caroline Bamberg Machado, salientou:
“Entendemos que seria um trauma a mais se o tirássemos do ambiente familiar. O Conselho Tutelar acompanha o caso e, se necessário, tomará as providências posteriores