Foto: Agência Brasil
O Rio Grande do Sul ainda se recupera do episódio de chuva extrema nos últimos dias. Entretanto, um novo alerta foi emitido pela MetSul Meteorologia para um novo período de chuvas intensas no estado nesta semana. Segundo as previsões as chuvas serão excepcionalmente fortes nas regiões do Centro, Oeste e Sul do estado, com acumulações que podem chegar a dobrar a média histórica para o mês, em apenas três a quatro dias.
Para entender melhor o que vai acontecer, esse evento de chuvas pode ser dividido em quatro momentos distintos:
Momento 1 – Segunda-feira (11): Uma frente fria se aproxima do RS, trazendo calor e temperaturas máximas que variam entre 31ºC e 35ºC em algumas áreas. No final do dia, a frente fria atinge o Oeste e Sul do estado, trazendo chuvas fortes, tempestades com raios e risco de granizo e ventos fortes em alguns lugares.
Momento 2 – Terça-feira (12): A frente fria se estabiliza no RS, bloqueada por massas de ar seco e quente do Brasil, provocando chuvas fortes no Oeste, Sul e Centro do estado, enquanto o Norte permanece ensolarado.
Momento 3 – Quarta-feira (13): Uma área de baixa pressão se intensifica no Nordeste da Argentina e avança para o Rio Grande do Sul, trazendo chuvas intensas em várias regiões, com risco de tempestades, granizo e ventos fortes.
Momento 4 – Quinta-feira (14) e Sexta-feira (15): A área de baixa pressão se transforma em um ciclone extratropical no Atlântico, empurrando uma frente fria para Santa Catarina, Paraná e partes do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, trazendo mais chuvas e tempestades.
A MetSul prevê acumulações de chuva entre 100 mm e 200 mm entre segunda e quinta-feira em muitas áreas do Sul e Oeste do estado, com a possibilidade de marcas isoladas atingirem 250 mm a 300 mm. Esses volumes podem causar alagamentos urbanos e rurais, bem como inundações repentinas.
Os meteorologistas também alertam para o agravamento das condições dos rios, que já estão em cheia, como Quaraí, Ibirapuitã, Jaguarão, Piratini e Camaquã, no Oeste e Sul, e Ibicuí e Jacuí. A chuva intensa também pode causar o transbordamento de açudes, e a situação é preocupante nas cidades de Pelotas e Rio Grande, com a Lagoa dos Patos em níveis elevados, aumentando o potencial de alagamentos.