Foto: Ricardo Duarte/Inter
O Inter, em busca de um lugar na semifinal da Copa Libertadores, enfrentará o Bolívar no temido Estádio Hernando Siles, situado a 3,6 mil metros acima do nível do mar, às 19h de terça-feira (22). A expectativa é de casa cheia em La Paz, mas os olhos estão voltados para a equipe dirigida por Eduardo Coudet, que espera um desempenho que abra caminho para a próxima fase no estádio Beira-Rio.
Para tentar diminuir os impactos da altitude – como dificuldades respiratórias e mal-estar – a estratégia do Internacional é clara: chegar a La Paz na manhã do jogo, dentro do prazo estabelecido pela Conmebol. A equipe técnica espera que, assim, os efeitos da altitude sejam minimizados.
A tática de Coudet para o jogo permanece uma incógnita. A estratégia usual do técnico argentino – pressionar o adversário e jogar em ritmo acelerado – pode precisar ser ajustada. A moderação e a gestão de energia serão cruciais nos 90 minutos de jogo. O descanso de oito jogadores titulares no jogo contra o Fortaleza, pelo Brasileirão, sugere que eles podem ser escalados contra o Bolívar.
“Você tem de estar muito atento porque não sabe o que vai acontecer desde que se chega no lugar. Tem de estar falando o tempo todo com os jogadores. Nenhum time joga da mesma maneira lá, porque não pode. É a verdade, seguramente vai ser diferente”, disse o técnico colorado
Enner Valencia, grande reforço do Inter para a temporada, é visto como peça-chave. Ele já mostrou sua valia, especialmente com seu gol decisivo em Buenos Aires contra o River. Além disso, sua experiência jogando em altitudes como a de Quito (2,8 mil metros) pode ser valiosa, mesmo que La Paz apresente desafios adicionais.
Momentos Decisivos da Libertadores para o Inter
Os torcedores do Inter estão familiarizados com desafios. As campanhas vitoriosas de 2006 e 2010 são testemunhos disso. Em ambas, as quartas de final trouxeram adversidades.
Em 2006, após uma derrota por 2 a 1 para a LDU em Quito, o Internacional conseguiu uma reviravolta no Beira-Rio, vencendo por 2 a 0. Já em 2010, a equipe, sob o comando de Jorge Fossati, estava prestes a ser eliminada até que, aos 43 minutos do segundo tempo, Giuliano marcou o gol que garantiu a vaga nas semifinais.