Desafios da altitude: Inter prepara estratégia contra o Bolívar na Libertadores

Foto: Ricardo Duarte/Inter

A altitude ganhou destaque assim que o confronto entre o Bolívar e o Inter foi definido nas quartas de final da Libertadores. Jogar a grandes altitudes apresenta desafios únicos, tanto no aspecto físico, como na capacidade respiratória dos atletas, quanto na dinâmica do jogo, dada a velocidade alterada da bola.

Jogar no Estádio Hernando Siles não tem uma receita de sucesso definida. No entanto, elaborar um plano adequado é crucial para ter um desempenho competitivo na série sul-americana.

No embate marcado para terça-feira (22) em La Paz, a equipe de Eduardo Coudet enfrentará os desafios de jogar a 3.600 metros acima do nível do mar. Adotando a tática de chegar à cidade boliviana apenas algumas horas antes da partida, o Inter busca mitigar os efeitos da altitude. A ideia é controlar o ritmo do jogo, manter a posse de bola, fortalecer a defesa e apostar em contra-ataques eficientes.

Optar por atletas com resistência física elevada e habilidades para manter a posse e orquestrar contra-ataques pode ser uma estratégia chave, mesmo que difira do estilo usual do técnico argentino.

O Bolívar, invicto em casa nesta Libertadores, começa os jogos pressionando seus adversários. Isso foi evidente em partidas contra Palmeiras, Cerro Porteño e Athletico-PR, onde os Celestes saíram na frente ainda na primeira etapa. Superar os primeiros minutos é essencial.


“Com a experiência que tenho como jogador e treinador, sei da dificuldade que representa jogar lá. Existem formas de minimizar esse inconveniente, com a equipe mais próxima, tentando não fazer esforços necessários, priorizando os esforços no nosso território para tentar ganhar espaço com o decorrer da partida, saindo do contra-ataque. Porém, não muito atrás, pois os chutes de longe são uma das principais armas dos times que jogam na altura, já que a bola ganha muita velocidade”, aponta Jorge Polilla da Silva.

Enner Valencia, atacante do Inter, tem experiência no Hernando Siles. Representando o Equador nas eliminatórias da Copa, ele marcou duas vezes em 2016, ajudando sua equipe a empatar em 2 a 2.

“Joguei uma vez lá e fui bem, nunca perdi. Espero que desta vez seja igual, conseguindo um bom resultado”, disse Valencia, que é esperado como titular no ataque do Inter.