Foto: Reprodução/Redes Sociais
Léa Garcia, aclamada artista do cinema brasileiro, veio a falecer nesta terça-feira (15) aos 90 anos em Gramado. Ela estava na cidade para receber uma honraria no renomado Festival de Cinema de Gramado, especificamente o prêmio Oscarito, reconhecendo sua notável trajetória. A triste notícia foi compartilhada pelos entes queridos da atriz em suas plataformas digitais.
“É com pesar que nós familiares informamos o falecimento, agora na cidade de Gramado, no Festival de Cinema de Gramado, da nossa amada Léa Garcia”, diz a postagem.
Segundo relatos de Marcelo Garcia, filho de Léa, a causa do falecimento foi um infarto. Ela foi prontamente levada ao Hospital Arcanjo São Miguel, entretanto, infelizmente não sobreviveu.
Recentemente, no sábado (12), Léa marcou presença no red carpet do festival. A cerimônia que deveria homenagear Léa e Laura Cardoso nesta terça-feira enfrentará ajustes em sua programação, conforme comunicado oficial do festival.
Originária do Rio de Janeiro, Léa iniciou sua carreira artística com 19 anos na produção teatral “Rapsódia Negra”, de Abdias do Nascimento. Com uma carreira prolífica, a atriz teve participação em mais de 100 projetos entre cinema, teatro e TV, conquistando quatro Kikitos por filmes como “As Filhas do Vento” (2005) e “Acalanto” (2012).
Em 1957, seu talento a levou a uma indicação no prestigiado Festival de Cannes pelo filme “Orfeu Negro”. Durante sua jornada, Léa foi uma voz ativa contra desigualdades:
“A homenagem reflete o reconhecimento de uma trajetória digna e plena de amor pela arte. Contudo, faço uma reflexão: como incorporar o negro no processo produtivo da cinematografia do Brasil? Não podemos assistir cinema apenas como entretenimento, há a necessidade de promovê-lo e debatê-lo em todos os aspectos”, refletiu ela, recentemente, em entrevista
A atriz teve notáveis papéis em produções televisivas como “Escrava Isaura” (1976) e “O Clone” (2001). No último ano, seu talento esteve presente em filmes como “Barba, Cabelo e Bigode” e “Pacificado”.