Foto: Divulgação/Governo SC
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul finalizou o inquérito sobre o rompimento da ponte pênsil que ligava Torres (RS) a Passo de Torres (SC) e não indicou responsáveis, mesmo entendendo que a conservação da estrutura era de responsabilidade do município catarinense. A Polícia Civil de Santa Catarina também concluiu seu inquérito anteriormente, também sem indiciamentos.
A ponte rompeu em 20 de fevereiro, causando a morte de Brian Grandi, de 20 anos, e ferindo outras 16 pessoas. Segundo a polícia gaúcha, a péssima conservação da ponte e o excesso de pessoas retornando de uma festa de carnaval em Passo de Torres foram as causas do acidente. Laudos de institutos periciais dos dois estados atestaram as condições precárias da ponte.
De acordo com a nota divulgada pela polícia, não foram encontradas evidências de que o município de Torres tivesse responsabilidade sobre a estrutura. A ponte foi construída pelo município de São João do Sul, do qual Passo de Torres era distrito. Documentos como licitações, convênios e vistorias indicavam que a responsabilidade pela manutenção era de Passo de Torres.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, com a sugestão de remeter os autos ao Judiciário de Santa Catarina após análise do Ministério Público.
A investigação da polícia catarinense chegou a uma conclusão semelhante e apontou que a sobrecarga de pessoas na ponte e a falta de manutenção adequada pela Prefeitura Municipal de Passo de Torres foram os fatores que levaram ao rompimento.
Apesar disso, o relatório não identificou responsabilidade direta de nenhum agente público ou particular no acidente. Políticos, engenheiros e testemunhas foram ouvidos durante a investigação.