Foto: Rosane Scherer/Divulgação
O Rio Grande do Sul perdeu uma de suas grandes figuras da música popular. Jerônimo Jardim, escritor, cantor e compositor, faleceu na tarde desta quinta-feira (3) aos 78 anos, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Ele estava internado no CTI desde 1º de julho por conta de insuficiência respiratória e também sofria de outras comorbidades.
Jardim tinha uma carreira artística sólida e diversificada. Bacharel em Direito e ex-servidor público do poder judiciário, atuou como assessor da ministra Rosa Weber no Tribunal Regional Federal da 4ª Região e também teve sucesso na publicidade.
Nascido em Jaguarão e criado em vários municípios gaúchos, Jerônimo fixou residência na capital na década de 1970, onde iniciou sua carreira musical. Realizou shows memoráveis em Porto Alegre por uma década, até ganhar reconhecimento nacional com a canção “Moda de Sangue”, gravada por Elis Regina e inserida na trilha sonora de novelas.
Após um período no Rio de Janeiro, Jerônimo retornou ao Rio Grande do Sul e foi alvo de uma polêmica na Califórnia da Canção Nativa. Posteriormente, voltou aos palcos e lançou novos discos, além de se dedicar à produção de livros infantojuvenis.
Dentre um de seus sucessos, o álbum De Viva Voz, trás canções como O Amor É Assim, Amsterdã, Minha Nega e Cama Desfeita. Em 2011, recebeu seu segundo Prêmio Açorianos de melhor compositor – o primeiro foi em 2008 especial pelo conjunto da obra – uma medalha Cidade de Porto Alegre e o título de Destaque Especial da Ordem dos Músicos do Brasil.
Como escritor, deixou livros como Cri-Cri, o Grilo Gaudério, Titinho e os Tênis Mágicos, O Clube da Biblioteca contra a Bruxa Pestiléia, A Revolta dos Pincéis e Serafim de Serafim, entre outros.
Jerônimo Jardim deixa um legado artístico marcante e uma contribuição inestimável para a cultura do Rio Grande do Sul.