Foto: Enoc Junior/Ypiranga
A chegada ao Grêmio marca o retorno do goleiro Caíque à elite do futebol brasileiro. Ele será o substituto de Gabriel Grando, já que Brenno deve ser negociado com um clube estrangeiro, sendo o Bari um dos prováveis destinos. Reconhecido como uma promessa, Caíque levou mais tempo do que se esperava para proteger o gol de um dos times mais prestigiosos do futebol brasileiro.
Desde suas primeiras atuações nas categorias de base, Caíque mostrou grande potencial. Vindo do Vitória, ele foi o goleiro do Brasil no Campeonato Sul-Americano Sub-17 de 2017. Entre seus colegas de equipe estavam Guilherme Arana, Caio Henrique, Richarlison, Lucas Paquetá e Felipe Vizeu. O novo contratado teve quatro atuações como titular em nove partidas da competição. Nos demais jogos, Lucas Perri, atual goleiro do Botafogo, foi a escolha do técnico Rogério Micale.
Entretanto, o progresso de sua carreira não foi fácil. Em períodos difíceis, os jovens talentos costumam ser responsabilizados pelas crises. Isso ocorreu com Caíque na temporada do Vitória em 2018. O ano terminou com o rebaixamento do clube e críticas à performance de Caíque, que voltou a jogar nas categorias inferiores no ano seguinte.
Luciano Oliveira, um dos treinadores de goleiros do Vitória na época, afirma que Caíque tem grande potencial. Com 1m98cm de altura, ele tem facilidade para tocar o travessão sem esticar muito os braços. Oliveira acredita que sua altura não seja um impedimento para defender chutes baixos.
Antes de enfrentar Suárez naquele jogo do Gauchão, Caíque jogou no CSA após deixar o Vitória, depois se aventurou no futebol cipriota pelo Ermis Aradippou e teve passagem pelo Rochester New York antes de se tornar um destaque no Colosso da Lagoa.
No entanto, nem tudo foram glórias. Em maio, Caíque alegou ter sido vítima de insultos racistas dos torcedores do Altos durante uma partida da Série C.
Agora, aos 26 anos, Caíque se destaca em um dos grandes clubes do Brasil e pode contar ao seu filho João Pedro que é colega de equipe de Suárez.