Foto: Divulgação/River Plate
O River Plate vai receber o Inter pelo primeiro jogo da oitavas de final da Libertadores da América nesta terça-feira (1). O time chega em excelente forma após a conquista do Campeonato Argentino com antecedência de três rodadas.
A vitória de 2 a 1 sobre o Racing no Monumental de Nuñez na sexta-feira celebrou a conquista, que é a primeira desde a saída de Marcelo Gallardo. O time manteve sua orientação ofensiva, mas apresentou deficiências defensivas na etapa de grupos da Libertadores.
“River chega motivado pelo título da Liga. Agora há o outro objetivo, que é a Libertadores, com a intenção de realizar um bom jogo em casa”, diz o jornalista Maxi Benazzo, do jornal Clarín
Com Martín Demichelis na liderança, a estratégia do River é similar à de Coudet. Assim que a bola é perdida, o time pressiona imediatamente para recuperá-la, evitando o lançamento desordenado. O gol é a meta principal, refletida pelos 64 gols em 35 jogos nesta temporada, sendo 50 deles no campeonato nacional.
Demichelis comemorou: “Ganhamos o torneio jogando muito bem. Me senti representado, como torcedor e treinador com a equipe. Houve partidas que ganhamos por supremacia. Será lembrado com carinho este título”
Com quatro títulos da Libertadores, o River teve uma fase de grupos protocolar, garantindo o segundo lugar no Grupo D com 10 pontos, a mesma pontuação do Fluminense, que terminou em primeiro devido ao saldo de gols (4 a 0). Contra a equipe de Fernando Diniz no Maracanã, sofreu uma derrota de 5 a 1.
A equipe de Demichelis apresentou a defesa mais fraca entre os 16 classificados para as oitavas, com 11 gols sofridos em seis jogos, uma média de 1,83 por partida. O Internacional sofreu apenas seis gols, quase metade. Contudo, nas duas últimas rodadas, o River não sofreu nenhum gol.
Federico del Rio, de La Pagina Millonaria, especializado no clube, avisa: “Por ter sido defensor, Demichelis prefere uma equipe sólida, mas ainda não conseguiu. A defesa é a fraqueza do River”.
Com quatro dos 11 gols do torneio, Lucas Beltrán é a estrela atual do time. Ele marcou o gol que iniciou a pontuação contra o Racing na última rodada do campeonato argentino.
Beltrán, formado na prolífica base do Monumental, assumiu a liderança após retornar de um empréstimo ao Colón no último ano. El Viking, como é conhecido, marcou 17 gols em 33 jogos nesta temporada, além de contribuir com três assistências. A Fiorentina da Itália já demonstrou interesse no jogador.
Esequiel Barco, que esteve nos planos do Inter no último ano, recuperou a forma após um retorno discreto à Argentina. O atacante de 24 anos é conhecido por seus dribles e arrancadas para desmantelar a defesa adversária, marcou sete vezes e forneceu quatro assistências.
Nicolás de la Cruz, pretendido pelo Flamengo e Al Duhail do Qatar, controla o ritmo do meio-campo e já marcou um gol de falta contra o Internacional no empate por 2 a 2 no Beira-Rio em 2019. Ele foi convocado para representar a seleção uruguaia na Copa do Mundo de 2022.
“Nico é o motor do meio-campo“, elogia Benazzo.
Além da dupla, Franco Armani continua no clube desde o último confronto com o Internacional. Enzo Pérez, capitão da equipe, elevou seu status de ídolo ao atuar como goleiro na vitória por 2 a 1 sobre o Santa Fé na Libertadores de 2021 devido ao surto de Covid que o clube enfrentava.
“O ídolo da torcida é Enzo Pérez, o capitão e jogador mais experimentado. Sabe como se joga este tipo de partida”, aponta Del Rio.
Hoje Zuculini é reserva, enquanto Germán Lux e Javier Pinola, que faziam parte do grupo, trabalham agora na comissão técnica de Demichelis. Entre as opções do ex-defensor está um rosto familiar para os brasileiros – Miguel Borja, ex-jogador de Palmeiras e Grêmio.