Foto: Divulgação/Câmara Vereadores Alegrete
A Câmara de Vereadores de Alegrete, na Fronteira Oeste, tomou a decisão na última sexta-feira (28) de cassar o mandato de Fábio Maurício Perez, o Bocão, (PV) após ser acusado de homofobia e envolvimento em um esquema de rachadinha. As infrações teriam ocorrido entre 2021 e 2022. A decisão ainda pode ser contestada.
Com 11 votos a favor e um contra, Perez foi considerado culpado pelos colegas por “percepção de vantagens indevidas”. De acordo com o relatório da Comissão Parlamentar Processante (CPP), que analisou a denúncia, o vereador exigia parte dos salários de seus assessores, além de usar a equipe para fins pessoais, incluindo o pagamento de suas contas e de familiares.
Já em relação à denúncia de homofobia, a cassação do mandato foi decidida por 10 votos a favor e quatro contra. Segundo o relatório da CPP, o parlamentar teria constrangido seus assessores parlamentares homossexuais.
Para a cassação, era necessário uma maioria absoluta de votos, ou seja, oito votos ou mais. Com isso, Perez será substituído pela suplente Fátima Marchezan (PP).
Antes da votação, Perez tentou suspender a sessão que resultou na perda de seu mandato por meio de um pedido de liminar na Justiça. No entanto, o pedido não foi aceito, e a Câmara foi solicitada a fornecer mais informações sobre o caso dentro de um prazo de 10 dias, que começou a contar hoje (31). O pedido de liminar ainda será julgado.
Nas eleições de 2020, Perez foi o vereador mais votado de Alegrete, com 2.249 votos. Ele era filiado ao Progressistas, mas foi expulso em 2022 e se juntou ao Partido Verde. O PP alegou que a expulsão ocorreu devido a críticas feitas pelo vereador ao partido e a seus membros.