Morte durante show em Porto Alegre pode ser investigada como homicídio culposo

Foto: Arquivo Pessoal

O Ministério Público do RS (MPRS) divulgou um despacho ontem (25) informando que a morte de uma mulher durante o show da cantora Luísa Sonza em Porto Alegre, em julho de 2022, pode ser investigada como possível homicídio culposo devido ao socorro prestado. O caso será analisado pela Justiça.

A vítima, Alice de Moraes, de 27 anos, passou mal durante a apresentação no Pepsi On Stage e procurou uma ambulância, mas testemunhas relatam negligência e demora no atendimento.

A Opinião Produtora, empresa promotora do evento, se manifestou dizendo que seguiu todas as exigências e protocolos de segurança para evitar intercorrências.

A 30ª Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre solicitou a análise do caso à 9ª Vara Criminal da cidade, que cuida de possíveis casos de homicídio culposo.

Em setembro, cinco pessoas foram indiciadas por omissão de socorro no atendimento a Alice. O MPRS informou que o caso ainda pode gerar denúncia por omissão de socorro, além da investigação por homicídio culposo.

A perícia considerou a causa da morte indeterminada, e foram encontradas amostras de álcool e um medicamento antidepressivo no corpo da vítima. No entanto, não foi possível estabelecer relação entre as substâncias e o óbito.

Testemunhas afirmam que o atendimento foi negligente e demorado. A equipe de socorro teria informado que Alice não poderia ser medicada devido a uma cirurgia bariátrica.

A irmã da vítima, que também estava no show, relatou que a equipe de socorro demorou a perceber os sinais vitais perdidos pela mulher e só tentou procedimentos mais eficientes após insistência.