Foto: Reprodução/Redes Sociais
A música brasileira começa a semana de luto. Morreram nesta segunda-feira (24) as cantoras Doris Monteiro, 88 anos, e Leny Andrade, 80. Doris faleceu durante a madrugada, no Rio de Janeiro, de causas naturais em sua casa. Já Leny estava internada e o motivo do óbito ainda não foi confirmado pela família.
Doris Monteiro começou sua carreira profissional como cantora ainda na adolescência, no final dos anos 40. Nos anos 50, ela se destacou como uma das maiores intérpretes do país.
Seu primeiro álbum foi gravado em 1951, e no ano seguinte, ela recebeu o título de “Rainha dos Cadetes”. Entre os sucessos de sua carreira estão as músicas “Se você se importasse” e “Dó ré mi”. Nessa época, sua voz suave se destacou em meio a interpretações sentimentais de outras cantoras famosas.
Durante as décadas de 1960 e 1970, a cantora mostrou um trabalho mais maduro, interpretando canções de renomados compositores como Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, Eumir Deodato, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Em 2020, Doris se uniu a Claudette Soares e Eliana Pittman para gravar um disco com o registro do show “As divas do sambalanço”, que haviam apresentado ao longo de 2019 com produção de Thiago Marques Luiz.
Além de sua carreira musical, Doris também trabalhou no cinema, participando de pelo menos dez filmes ao lado de grandes nomes do cinema brasileiro.
Despedida a Leny Andrade
A cantora Leny Andrade estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada, e a notícia foi confirmada pela assessoria do Retiro dos Artistas, onde a cantora morava desde 2019.
Leny começou sua carreira como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves em 1958. Nas décadas de 1980 e 1990, ela fez sucesso tanto no Brasil como nos Estados Unidos, gravando diversos discos de samba-jazz, incluindo o clássico “Luz Neon”. Além disso, colaborou com músicos renomados, como César Camargo Mariano, Cristóvão Bastos e Romero Lubambo.
A cantora emplacou vários hits nas paradas brasileiras e, em 2007, dividiu o Grammy Latino com César Camargo Mariano na categoria Melhor Álbum MPB ao Vivo.
Em 2018, celebrou 60 anos de carreira com apresentações marcantes ao lado do violonista Luiz Meira, relembrando suas músicas mais icônicas, como “Estamos aí”, “Rio”, “Céu e Mar”, “Influência do Jazz”, “Contigo Aprendi” e um pout-pourri de Tom Jobim com “Este seu Olhar”, “Triste”, “Vivo Sonhando” e “Garota de Ipanema”.
Recentemente, em janeiro de 2023, lançou o single “Por Causa de Você” em parceria com o pianista Gilson Peranzzetta, comemorando seus 80 anos de idade.