Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai investigar a conduta da juíza Gabriela Hardt, que atuou na 13ª Vara Federal de Curitiba durante os casos da Operação Lava Jato. A decisão foi assinada ontem (17), pelo corregedor nacional Luís Felipe Salomão.
O objetivo é apurar se a juíza deixou de tomar medidas adequadas após ser informada sobre possíveis irregularidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e ex-procuradores da República. Ela terá 15 dias para apresentar uma manifestação ao CNJ em resposta as acusações feitas pelo empresário Tony Garcia.
Empresário teria recebido ordens para “perseguir o PT”
Durante uma entrevista, ele disse ter sido usado como “agente infiltrado” por Moro e pelos procuradores da Lava Jato para gravar os investigados e “perseguir o PT”. Garcia é ex-deputado estadual e fez um acordo de colaboração premiada. A ação foi firmada em 2004 por Moro. Anos depois, o Ministério Público Federal solicitou a suspensão do acordo por uma suposta omissão de Garcia.
Segundo a defesa do empresário, em março de 2021, ele foi ouvido por Gabriela, que estava substituindo Moro, e relatou supostos crimes cometidos pelo ex-juiz. A denúncia foi levada adiante após o juiz Eduardo Appio encaminhar o caso ao Supremo Tribunal Federal.
Por meio da assessoria de imprensa, Gabriela Hardt declarou que fornecerá as informações solicitadas pelo CNJ. Atualmente, a juíza atua na 3ª Turma Recursal do Paraná.