Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Dois dos indivíduos suspeitos de agredir Luan, jogador do Corinthians, em um estabelecimento na região oeste de São Paulo na madrugada de terça-feira passada, foram também associados a um incidente ocorrido em Oruro, Bolívia, em 2013, envolvendo 12 torcedores do Corinthians. Nesse incidente, um sinalizador disparado pela torcida corintiana resultou na morte de Kevin Espada, um jovem de 14 anos.
Danilo Silva de Oliveira e Reginaldo Coelho, que foram identificados como parte dos agressores de Luan, ficaram detidos na Penitenciária de San Pedro, em Oruro, após a tragédia em 2013. Ambos foram liberados por falta de provas, com Oliveira sendo solto em junho e Coelho um mês depois.
A identificação dos agressores foi realizada pela Polícia Civil de São Paulo, que usou imagens postadas pelos próprios indivíduos em suas redes sociais.
Sobre o caso Luan, a Polícia Civil iniciou uma investigação na quarta-feira (5) para apurar as agressões e ameaças. A investigação foi aberta depois que um amigo de Luan prestou depoimento afirmando que um dos agressores portava uma arma.
Até agora, Luan não registrou uma queixa formal e parece que irá permanecer desta forma. Testemunhas afirmam que sete homens participaram do ataque, ameaçando tirar a vida do jogador. Mais indivíduos estavam presentes no local e insultaram e ameaçaram Luan e seus amigos, mas não chegaram a agredir fisicamente.
Os agressores se identificaram como membros da torcida organizada Gaviões da Fiel e lançaram fogos de artifício na área externa do estabelecimento.
Luan fez apenas uma declaração sobre o incidente, postando uma foto de seu short manchado de sangue com a legenda “não é só futebol“. Ele continua treinando separadamente do time e seu contrato com o Corinthians vai até o final do ano.
O Corinthians, em comunicado oficial, condenou o ataque contra o jogador, denominando-o como “agressão covarde”, e afirmou que está prestando assistência ao atleta.