Foto: Marcelo Kervalt/MPRS
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), realizou na manhã de hoje (05), a segunda fase da Operação Perg na Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg). O objetivo da ação é desmantelar uma organização criminosa envolvida em corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Entre os investigados, estão dois agentes penitenciários que levavam celulares, drogas e dinheiro para dentro da Perg.
Segundo o MP, um dos agentes é ex-diretor da Perg e foi preso preventivamente. Entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2023, o ex-diretor movimentou mais de R$ 7 milhões em suas contas.
O grupo criminoso é o braço de uma facção que controlava o comércio de botijões de gás em Rio Grande.
O agente penitenciário considerado o principal alvo da operação facilitava a entrada de materiais ilícitos. O outro mandado de prisão foi cumprido contra um homem que já estava detido na Perg. Ele era responsável por fazer os contatos e pagamentos aos agentes penitenciários. Ele movimentou mais de R$ 545 mil em uma de suas contas bancárias entre julho e novembro do ano passado.
As investigações apontaram que o apenado recrutava os agentes e os colocava em contato com pessoas fora da prisão. Em um local específico, geralmente no Cassino ou no Centro de Rio Grande, um membro do grupo entregava pacotes contendo drogas e celulares para o agente, que então levava os materiais para dentro da Perg.
A esposa do agente foi presa em flagrante por posse irregular de munição. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Pelotas, Canoas e Rio Grande. Durante as buscas, foram encontrados mais de R$ 60 mil em dinheiro sem comprovação de origem, drogas, computadores, armas de fogo, munições, documentos e celulares. Além das prisões, dois veículos e um imóvel de luxo foram confiscados.