Foto: Agência Brasil
Após 13 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumirá a presidência do Mercosul, recebendo o comando do seu aliado, o presidente da Argentina, Alberto Fernández. O bloco, composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, alterna a presidência a cada seis meses.
Lula considera que está recebendo a liderança em um momento decisivo nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia. As negociações do acordo vêm ocorrendo desde 1999. Após vinte anos de conversas, em 2019, os blocos finalizaram as negociações comerciais e, um ano depois, concluíram os aspectos políticos e de cooperação. Desde então, o acordo está em fase de revisão.
O governo tem se empenhado em resolver questões ambientais que foram levantadas pelos europeus e consideradas excessivas pelos brasileiros.
Funcionários do Itamaraty acreditam que o Brasil está adotando uma abordagem ambiental mais alinhada aos padrões internacionais atualmente, e consideram que as preocupações apresentadas pelos países da União Europeia são “injustificadas” neste momento.
No final de junho, Lula se encontrou com o presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir possíveis soluções para esses obstáculos. No mesmo mês, o presidente brasileiro recebeu a presidente da comissão da União Europeia em Brasília para tratar do assunto.
Os membros da Argentina também reconhecem que este é um momento crucial para o avanço nas negociações. A secretária de Assuntos Econômicos Internacionais, Cecilia Todesca, afirmou durante uma conversa com jornalistas na cúpula que os países do bloco sul-americano estão finalizando documentos de contraproposta às preocupações levantadas pelos europeus.