Foto: Divulgação/Agência Brasil
O Ministério Público (MP) de Esteio denunciou uma organização criminosa responsável por aplicar golpes do bilhete premiado contra idosos na região metropolitana de Porto Alegre. A quadrilha movimentou quase R$ 2 milhões.
O grupo é composto por 33 réus, sendo 30 acusados por associação criminosa e estelionato, e dois por roubo. Os crimes ocorreram entre junho de 2021 e fevereiro deste ano.
De acordo com a polícia, nove líderes da quadrilha residem em Passo Fundo e atuavam principalmente em Esteio, Canoas e Sapucaia do Sul. Quatro líderes foram presos em maio deste ano em Passo Fundo, enquanto outros cinco estão foragidos.
Além dos mandantes, outras 20 pessoas, chamadas de “conteiros”, espalhavam o dinheiro em várias contas bancárias. A maioria dessas pessoas é de Balneário Camboriú, Farroupilha e Passo Fundo.
Quase 20 vítimas
Quatro colaboradores cuidavam das contas e transferências bancárias e recrutavam novas pessoas. Entre os réus, também há pessoas de outros estados, como Paraná e Espírito Santo.
Segundo o MP, aproximadamente R$ 1,7 milhão foi movimentado nas contas bancárias dos réus. Durante a investigação, foram identificadas 17 vítimas dos golpistas, com um valor roubado total de cerca de R$ 870 mil.
Como o grupo estava agindo
Os denunciados praticavam o golpe do bilhete premiado em grupos de três a quatro pessoas. Um integrante se passava por uma pessoa humilde e analfabeta, pedindo ajuda para localizar um endereço inexistente.
Em seguida, outro membro do grupo, bem-vestido e instruído, entrava na conversa e oferecia ajuda. Um terceiro integrante, fazendo-se passar por gerente da Caixa Econômica Federal, confirmava que os números do bilhete eram premiados. Em seguida, eles solicitavam uma “garantia” para o pagamento da recompensa, fazendo com que a vítima transferisse dinheiro para a conta dos criminosos. Posteriormente, eles entregavam um cartão bancário e senha à vítima.