Foto: Divulgação/UFPel
Começou hoje (1º), mais uma etapa de um estudo coordenado pela Escola Superior de Educação Física (Esef) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O levantamento denominado “Coorte Pampa”, tem como objetivo analisar a saúde física e mental da população gaúcha, três anos após o início da pandemia de Covid-19. O questionário estará disponível até 31 de julho no site do projeto.
Podem participar da pesquisa, moradores do Rio Grande do Sul, maiores de 18 anos. Os interessados terão que responder um questionário sobre exercícios físicos, condições físicas e psicológicas, persistência de sintomas pós-infecção, hábitos alimentares diários, acesso aos serviços de saúde e uso de cigarros eletrônicos.
Resultados já obtidos
Na etapa anterior, realizada no ano passado, foi constatado que a saúde física e mental da população gaúcha ainda está distante do contexto pré-pandemia. Cerca de 55% dos participantes não alcançaram os níveis recomendados de atividade física semanal pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O resultado foi associado ao agravamento dos quadros de ansiedade e depressão, além do risco de comprometimento da memória. Esse mesmo grupo, também apresentou maior incidência da chamada “Covid longa”, que são sintomas persistentes após a infecção pelo vírus.
Os resultados também indicaram que a vacinação completa mostrou-se protetora contra a ocorrência da “Covid longa”, com menor probabilidade de desenvolvimento em pessoas vacinadas com três ou mais doses em comparação com aquelas que não se vacinaram ou receberam até duas doses.
Estudo analisa diversas questões
Também foi constatado que 25% dos participantes da pesquisa apresentaram algum nível de vulnerabilidade em relação à alimentação, de acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). Esse contexto, mostrou maior probabilidade de prevalência dos sintomas da doença por mais tempo.
Na nova etapa de coleta de dados, referente a junho e julho de 2023, será realizada uma análise mais detalhada da relação entre a “Covid longa” e a insegurança alimentar, além de investigar o uso de cigarros eletrônicos como fator de risco para complicações persistentes da Covid-19.