Foto: Reprodução/FGFTV
Pouco mais de um ano do acontecimento, ocorreu hoje (7) em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, o júri do jogador de futebol que agrediu um árbitro com um chute na cabeça durante uma partida entre Guarani-VA e São Paulo-RG, pela Série A2 do Campeonato Gaúcho, em outubro de 2021. William Cavalheiro Ribeiro foi condenado por tentativa de homicídio simples com pena de dois anos e oito meses de reclusão, em regime inicial semiaberto.
O julgamento aconteceu na cidade onde aconteceu o fato e teve duração de quase sete horas. Foram ouvidos depoimentos da vítima, Rodrigo Crivellaro, e do agressor, William Ribeiro. O Conselho de Sentença foi formado por quatro homens e três mulheres e presidido pelo juiz João Francisco Goulart Borges, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Venâncio Aires.
Relembre
A agressão ao árbitro aconteceu no dia 4 de outubro de 2021. Aos 14 minutos do segundo tempo William reclamou com Crivellaro sobre a marcação de uma falta que teria sofrido, mas o árbitro não teria assinalado. Logo em seguida as imagens mostram o jogador derrubando o profissional com um chute e, em seguida, atingindo ele com outro, quando já se encontrava caído no gramado.
O árbitro foi prontamente atendido e exames apontaram uma lesão ligamentar em uma vértebra da cervical, dando, inclusive, como incerta a volta aos gramados. O profissional, porém, voltou a apitar mais de seis meses depois da agressão.
Na época, William defendia a equipe do São Paulo, da cidade de Rio Grande, no Sul do Estado. Ele chegou a ser preso em flagrante, ainda dentro do estádio Edmundo Feix, por tentativa de homicídio, após agressões contra Crivellaro. Entretanto, foi liberado um dia depois após uma decisão judicial conceder a prisão preventiva por entender que “se trata de medida de exceção e não antecipação de pena”.
A defesa de Ribeiro mantinha a posição de considerar a denúncia de tentativa de homicídio – aberta em novembro de 2021 pelo Ministério Público – como uma “acusação excessiva. Já o promotor responsável pela denúncia, Pedro Rui da Fontoura Porto, afirmava na acusação que William assumiu o risco da morte ao chutar a região posterior da cabeça e pelas costas enquanto o árbitro estava desmaiado no gramado.