Criminoso mais procurado do RS é preso em sítio de luxo no interior de SP

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O criminoso mais procurado do Rio Grande do Sul foi preso nesta quinta-feira (10) durante a Operação Bis In Idem, deflagrada pela Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio do Grupo Garra da Polícia Civil de São Paulo. A prisão ocorreu em um sítio de luxo no interior de São Lourenço da Serra (SP), onde o investigado, de 40 anos, se escondia sob nome falso.

A investigação durou seis meses e envolveu diligências em diversos estados. O homem estava foragido desde outubro de 2024 e possuía dois mandados de prisão em aberto. Ele foi localizado em uma propriedade equipada com piscina, lago e criação de animais. Não houve resistência no momento da abordagem e nada de ilícito foi encontrado na residência.

O preso é apontado como chefe da maior organização criminosa de Porto Alegre, com base na zona leste da cidade. Em 2012, já havia sido detido em um sítio em Taquara com arsenal de armas e munições. Passou pelo sistema penal federal em 2020, mas rompeu a tornozeleira eletrônica em 2022 e voltou a ser considerado foragido.

Em junho de 2024, foi capturado em Catalão (GO), onde atuava como falso empresário no ramo de lavagem de veículos. Liberado pela Justiça meses depois, voltou à condição de foragido após novo mandado de prisão expedido em outubro. O grupo que lidera foi apontado como responsável por uma execução dentro da penitenciária de Canoas em novembro do mesmo ano.

Segundo o delegado Gabriel Casanova, da Decap/Deic, o suspeito acumula 12 indiciamentos por homicídio, incluindo crimes cometidos em 2024 na Vila Maria da Conceição e Vila Cruzeiro, como assassinatos dentro de uma delegacia e em um bar. Dois novos mandados de prisão foram expedidos em fevereiro deste ano por homicídios dolosos, em que atuou como mandante.

O diretor do Deic, delegado João Paulo de Abreu, afirmou que as investigações continuam para apurar a ligação do preso com tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. Segundo ele, o impacto financeiro das atividades da organização criminosa é significativo, e o grupo seguirá sendo alvo de apurações aprofundadas.