Zagueiro Kannemann recupera valor desviado por quadrilha, segundo assessoria

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

A Polícia Civil de Rondônia (RO) e do Paraná (PR) deflagrou, na terça-feira (24), a Operação Falso 9, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros contra jogadores de futebol e uma instituição bancária, por meio de fraudes na portabilidade de salários.

Segundo o delegado Thiago Liga, responsável pela investigação, o zagueiro Walter Kannemann, do Grêmio, teve cerca de R$ 400 mil desviados, enquanto o atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, sofreu um prejuízo estimado em R$ 800 mil.

A quadrilha utilizava documentos falsificados para abrir contas bancárias em nome dos atletas e, em seguida, solicitava a portabilidade dos salários para essas contas fraudulentas. Os valores eram então usados pelos criminosos em compras, saques e transferências, dificultando o rastreamento do dinheiro.

A assessoria de Kannemann informou ao portal ge que o caso ocorreu em 2023 e que o jogador já foi ressarcido pelos bancos envolvidos, os quais também são tratados como vítimas na investigação. O atleta optou por não se manifestar publicamente sobre o episódio.

A operação cumpriu 33 mandados judiciais, sendo 22 de busca e apreensão, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária nas cidades de Almirante Tamandaré (PR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Lábrea (AM) e Porto Velho (RO).

As apurações, iniciadas em janeiro deste ano, revelaram que o grupo criminoso usava tecnologia para enganar o sistema bancário e desviar salários de atletas profissionais. Após o recebimento dos valores em contas falsas, os golpistas movimentavam o dinheiro rapidamente para dificultar a identificação e o bloqueio das quantias.