Semana começa com alerta de chuva extrema no RS e risco de novas cheias

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O Rio Grande do Sul deve enfrentar mais um período crítico de instabilidade climática, com previsão de chuva intensa e persistente ao longo da semana.

A MetSul Meteorologia alerta para acumulados entre 150 mm e 300 mm em diversas cidades, o que aumenta o risco de alagamentos, inundações e cheias de rios. A situação é impulsionada por um bloqueio atmosférico que manterá uma frente semi-estacionária sobre o estado, associada a uma área de baixa pressão.

Nesta segunda-feira (16), o sol ainda aparece com nuvens, mas a instabilidade retorna ao longo do dia, principalmente na Metade Oeste. A partir de terça-feira (17), a chuva se espalha por quase todo o estado, com volumes que podem atingir 150 mm em regiões do Oeste, Centro e Sul. A quarta-feira (18) será marcada por temporais localizados e altos volumes, especialmente no Centro e Oeste. Na quinta (19), a instabilidade atinge mais fortemente a Metade Norte. Já na sexta-feira (20), os temporais devem se concentrar no Centro, Leste e Nordeste do estado, com possibilidade de vento forte.

O sábado (21) poderá marcar o início de uma trégua, com o avanço de ar seco e frio que deve afastar a baixa pressão, estabilizando o tempo. Ainda assim, os acumulados desta semana podem ultrapassar 200% da média histórica de junho em diversas regiões, como a Lagoa dos Patos, Oeste, Noroeste e parte da Serra.

Modelos meteorológicos indicam possibilidade de volumes superiores a 250 mm em áreas isoladas, inclusive em Porto Alegre e região metropolitana. A média histórica da capital para o mês inteiro é de 130,4 mm.

O excesso de chuva poderá causar alagamentos em áreas urbanas e rurais, deslizamentos de terra e queda de barreiras em rodovias. Há alerta para transbordamento de rios como Uruguai, Ibicuí, Vacacaí, Ijuí, Ibirapuitã, Quaraí, Jacuí, Caí, Taquari e Vale do Rio Pardo.

A MetSul também aponta risco médio a alto de cheia do Guaíba entre o fim da semana e o início da próxima, com potencial de alagamentos nas ilhas de Porto Alegre. Apesar do alerta, os meteorologistas reforçam que não há comparativo com a catástrofe de maio de 2024, considerada um evento extremo e raro.