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Os quatro suspeitos de envolvimento no caso do boneco enforcado com a camisa de Vinícius Júnior, em janeiro de 2023, aceitaram acordos judiciais com penas de até 22 meses de prisão. Esse tipo de punições que, por lei, não resultam em reclusão. O episódio ocorreu em Madri, antes de um clássico entre Real Madrid e Atlético, e teve forte repercussão internacional por seu teor racista.
Três envolvidos foram condenados a 14 meses de prisão, e o quarto, responsável por divulgar a imagem nas redes sociais, recebeu pena de 22 meses. Como nenhum tem antecedentes criminais e as penas são inferiores a dois anos, todos cumprirão as sanções em liberdade.
O grupo, ligado à torcida organizada Frente Atlético, assinou uma carta pedindo desculpas a Vinícius Júnior, ao Real Madrid, à LaLiga e à Federação Espanhola de Futebol. Além disso, serão obrigados a participar de um curso sobre igualdade e não discriminação, pagar multas e manter distância mínima de 1.000 metros do jogador e dos estádios por mais de cinco anos.
A LaLiga celebrou a decisão como um avanço na luta contra o ódio e o racismo no esporte. Já o Real Madrid destacou que este é mais um caso com condenações por ataques racistas contra seus jogadores e reafirmou seu compromisso com o combate à discriminação no futebol.
O crime aconteceu em 26 de janeiro de 2023, quando o boneco com a camisa de Vini Jr foi pendurado em uma ponte junto a uma faixa com os dizeres “Madrid odeia o Real”. Desde que chegou à Espanha, em 2018, o atacante brasileiro tem sido alvo de sucessivos episódios de racismo, gerando reações públicas e processos judiciais.