Governo do RS decreta emergência em saúde pública por aumento de síndromes respiratórias

Foto: Divulgação/SES

O governo do Rio Grande do Sul decretou emergência em saúde pública nesta segunda-feira (19) devido ao aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças. O decreto, assinado pelo governador Eduardo Leite, busca ampliar a oferta de leitos hospitalares e reforçar o atendimento pediátrico na rede pública de saúde.

A medida será publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (20) e terá validade de 120 dias.

A movimentação ocorre em meio à crescente demanda nos hospitais e prontos atendimentos, com filas de espera e risco de colapso no atendimento. A Secretaria da Saúde (SES) já havia anunciado, neste mês, um investimento de R$ 20,8 milhões por meio da Operação Inverno Gaúcho, que visa reforçar a Atenção Primária e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o Estado registrou 4.099 hospitalizações por SRAG até esta segunda-feira, com 305 mortes. Apenas entre crianças menores de cinco anos foram 1.374 internações e 10 óbitos. Os principais vírus em circulação são a influenza, o vírus sincicial respiratório (VSR) e a covid-19. A gripe, por exemplo, já causou 526 hospitalizações e 43 mortes em 2024, com aumento de mais de 1.100% nas últimas semanas.

O decreto determina que hospitais que atendem pelo SUS priorizem medidas emergenciais para ampliar a oferta de leitos clínicos e de UTI. O documento alerta para a saturação da rede pediátrica, agravada também pela epidemia de dengue que atinge o Estado.

Dentro da Operação Inverno Gaúcho, o governo vai repassar R$ 13,65 milhões para Atenção Primária e R$ 7,15 milhões para UPAs entre 30 de maio e 30 de junho. Os recursos serão utilizados para ampliar horários de atendimento, contratar profissionais e adquirir insumos, inclusive para vacinação.

A Secretaria da Saúde reforça que está monitorando em tempo real os dados da SRAG e atuando para proteger a população mais vulnerável com ações emergenciais de assistência hospitalar.