Gaúcho preso por suspeita de ataque a show de Lady Gaga é solto após investigação apontar clonagem de IP

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Após uma semana preso preventivamente, o vigilante Luiz Fabiano da Silva, 49 anos, morador de Novo Hamburgo, foi libertado no sábado (10) após a investigação apontar que ele teve sua internet clonada e não participou de um suposto plano de ataque a bomba no show da cantora Lady Gaga, realizado em 3 de maio, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

A soltura foi determinada durante a madrugada pelo juiz Jaime Freitas da Silva, em Porto Alegre, após o avanço das investigações apontar que o IP (identificador virtual de um dispositivo conectado à internet) associado a Luiz Fabiano foi utilizado por um suspeito localizado no Rio. Ele também foi preso.

“Não está sendo investigado, no momento, pela comarca do Rio de Janeiro/RJ, como um dos envolvidos na suposta tentativa de atentado e seu nome somente veio à tona, em face de o número do IP constar no rol dos utilizados pelo mentor da prática delituosa”, afirmou na decisão o juiz Jaime Freitas da Silva.

Luiz Fabiano havia sido detido após a operação Fake Monster encontrar três armas em sua residência — entre elas, um revólver calibre .22 com numeração raspada. Pagou fiança e foi liberado, mas acabou tendo a prisão preventiva decretada dois dias depois, por decisão judicial que alegou necessidade de proteção da ordem pública.

Durante as investigações, a Polícia Civil do Rio de Janeiro recebeu uma denúncia anônima e, com base em dados do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), ligado ao Ministério da Justiça, identificou suspeitos que trocavam mensagens sobre o atentado em grupos no Discord. Os investigadores rastrearam os usuários por e-mail e IP.

Apesar da liberdade, o processo contra Luiz Fabiano segue em curso até a comprovação definitiva de que ele não teve envolvimento no caso. O celular dele permanece retido pelas autoridades, e ele segue usando um aparelho provisório.