Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Um ano após as enchentes que deixaram 184 mortos e 25 desaparecidos no Rio Grande do Sul, os projetos de obras para evitar novas tragédias ainda não saíram do papel. Apesar de haver R$ 6,5 bilhões disponíveis no Fundo de Apoio à Infraestrutura para Eventos Climáticos Extremos (Firece), criado pelo governo federal, as intervenções seguem sem prazo definido para início.
Segundo a Agência Brasil, o recurso está em conta vinculada à Caixa Econômica Federal e deve ser usado em obras como construção e recuperação de diques, casas de bombas, drenagem e desassoreamento de rios. A execução, inicialmente pensada para ser feita pelos municípios, ficou sob responsabilidade do governo estadual, após pedido do governador Eduardo Leite ao presidente Lula.
Ainda conforme a Agência Brasil, a mudança de gestão e a necessidade de atualização dos projetos atrasaram o cronograma. Segundo Leite, os estudos estavam em andamento antes da tragédia, mas a magnitude da enchente exigiu revisão das propostas, que agora passam por readequação técnica. Ainda não há prazo para o fim dessa etapa.
Entre as obras prioritárias estão um novo dique em Eldorado do Sul e intervenções na bacia do Arroio Feijó, entre Porto Alegre e Alvorada.
Prefeitos da Região Metropolitana, como Sebastião Melo (Porto Alegre) e Airton Souza (Canoas), cobram agilidade do Estado. Em Porto Alegre, há R$ 700 milhões em projetos aguardando liberação. Em Canoas, que teve mais da metade da área urbana inundada, o temor é de que os recursos permaneçam parados enquanto novas tragédias seguem possíveis.