Greve dos municipários de Porto Alegre cobra reajuste salarial e cumprimento de acordos

Foto: Divulgação/Simpa

Os servidores públicos municipais de Porto Alegre deflagraram greve na manhã desta terça-feira (1), reivindicando reposição salarial, pagamento de progressões e cumprimento de acordos firmados em 2023. A paralisação começou às 7h, com concentração em frente ao prédio administrativo da prefeitura, na Rua Siqueira Campos, no Centro da Capital.

O movimento apresentou faixas, cartazes e instrumentos sonoros, em busca de uma reposição da inflação nos salários e do vale-alimentação, o pagamento da parcela autônoma para quem ganha abaixo do salário mínimo e o fim de repasses de serviços à iniciativa privada. A categoria também denuncia o não cumprimento de datas-bases desde o governo de Nelson Marchezan e acusa o atual prefeito, Sebastião Melo, de não cumprir a revisão anual obrigatória prevista na Constituição.

Ao meio-dia, o Secretário-Geral de Governo, André Coronel, voltou a se reunir com a direção do Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre), que lidera a greve.

Em nota oficial, a prefeitura reafirmou disposição ao diálogo e destacou que concedeu reajustes salariais de 15,85% entre 2022 e 2023, além de um aumento de 35% no vale-alimentação. Em 2024, o vale foi reajustado em 4,62%. A administração também propôs um complemento remuneratório para servidores com salário básico inferior ao mínimo nacional, com pagamento retroativo a janeiro, cuja proposta já tramita na Câmara de Vereadores.

O município alegou ainda limitações orçamentárias agravadas pela enchente de maio de 2024 e informou que os dias parados serão descontados, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).