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O Brasil emitiu uma nota oficial na manhã desta terça-feira (11) apontando insatisfação com alguns pontos da 5ª rodada do Quadrangular do Rebaixamento do Campeonato Gaúcho, cujos jogos aconteceram no último final de semana. O comunicado elenca pontos como arbitragem em seu jogo diante do São José e a ausência de torcida, mas tem como objetivo citar o “comportamento” de jogadores do Pelotas na partida diante do Avenida.
O clube inicia a nota pontuando “prejuízos causados pela arbitragem na partida realizada no Passo D’Areia”, cita insatisfação em esta não ser disputada em dia e horário simultâneos ao outro confronto da chave e ser realizado sem a presença de torcida. Vale lembrar que o Zeca foi punido pelo TJD com presença de público restrito a mulheres, crianças e idosos em dois confrontos (incluindo o citado), mas devido ao clássico GreNal acontecer no mesmo dia, a partida aconteceu 100% sem a presença de público.
O comunicado também cita a arbitragem de Lucas Horn. “Entendemos que fomos prejudicados por um pênalti inexistente e pela não expulsão de um atleta adversário que, de forma imprudente, atingiu fortemente nosso goleiro“, afirma a nota assinada pelo presidente Vilmar Xavier. “Ambos os lances eram passíveis de revisão pelo VAR; porém, as decisões tomadas em conjunto com a arbitragem de campo destoam completamente da interpretação que consideramos correta para os fatos ocorridos“, complementa.
Quanto a partida entre Avenida e Pelotas, outro confronto do Quadrangular, que ocorreu um dia após a partida entre São José e Brasil. A reclamação do rubro-negro é que alguns atletas do seu principal rival tenham “deixado” o Periquito marcar mais gols, ampliando o saldo do adversário e, consequentemente, prejudicando o Xavante no último jogo, ao qual terá que marcar, no mínimo, três gols para não ser rebaixado.
“O comportamento adotado por alguns atletas do Esporte Clube Pelotas nos minutos finais, quando a equipe já não tinha mais chances matemáticas de classificação, no nosso entendimento, escancara um conflito ético, moral e de transparência—pilares fundamentais de qualquer esporte, em qualquer época“, diz. “A partir do momento em que o placar chegou a 3×1, o jogo foi conduzido com atitudes que comprometeram deliberadamente o equilíbrio da competição, feriram a credibilidade do torneio e desrespeitaram não apenas o Grêmio Esportivo Brasil, mas todos os envolvidos no futebol“.
O clube pede que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) “avalie a conduta da partida” e afirma que tomará as medidas cabíveis.
Confira a nota na íntegra
“O Grêmio Esportivo Brasil, através do presidente Vilmar Xavier, vem a público manifestar sua profunda insatisfação com os acontecimentos registrados na 5ª rodada do Campeonato Gaúcho (“Quadrangular da Morte”), no último final de semana.
Além dos prejuízos causados pela arbitragem na partida realizada no Passo D’Areia (Porto Alegre) contra o São José—disputada em dia e horário não simultâneos ao outro confronto da chave e sem a presença de nossa torcida, elemento fundamental para a sinergia da equipe dentro de campo—, entendemos que fomos prejudicados por um pênalti inexistente e pela não expulsão de um atleta adversário que, de forma imprudente, atingiu fortemente nosso goleiro.
Ambos os lances eram passíveis de revisão pelo VAR; porém, as decisões tomadas em conjunto com a arbitragem de campo destoam completamente da interpretação que consideramos correta para os fatos ocorridos.
No entanto, é especialmente na partida entre Avenida e Pelotas que reside nossa maior indignação. O que se viu em campo ultrapassa qualquer margem de erro ou interpretação esportiva. O comportamento adotado por alguns atletas do Esporte Clube Pelotas nos minutos finais, quando a equipe já não tinha mais chances matemáticas de classificação, no nosso entendimento, escancara um conflito ético, moral e de transparência—pilares fundamentais de qualquer esporte, em qualquer época.
A derrota do Pelotas por um placar elástico (4×1) impactou diretamente o critério de saldo de gols, prejudicando nossa equipe. E a maneira como esse resultado foi construído nos causa profunda estranheza. A partir do momento em que o placar chegou a 3×1, o jogo foi conduzido com atitudes que comprometeram deliberadamente o equilíbrio da competição, feriram a credibilidade do torneio e desrespeitaram não apenas o Grêmio Esportivo Brasil, mas todos os envolvidos no futebol.
Convictos de que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) não compactua com esse tipo de situação, exigimos que as entidades responsáveis avaliem a conduta dessa partida com o rigor que o caso exige. O esporte só se mantém grande quando seus princípios morais são preservados, e tolerar atitudes que ferem a ética esportiva representa um golpe contra a integridade e a isonomia da competição.
Seguiremos atentos e tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossos direitos e garantir que a competição seja decidida dentro de campo, com respeito, lisura e comprometimento real com a verdade esportiva.
Atenciosamente,
Vilmar Xavier
Presidente do Grêmio Esportivo Brasil”