Foto: Divulgação/PF
O deputado Afonso Motta (PDT-RS) exonerou, nesta terça-feira (18), seu chefe de gabinete, Lino Furtado, alvo de buscas na Operação EmendaFest da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares para a área da saúde.
A demissão foi publicada no sistema da Câmara dos Deputados e deve ser atualizada no Diário Oficial nos próximos dias.
Segundo o portal G1, o documento de exoneração assinado por Motta determina a devolução de crachá, cartão de veículo, chaves do gabinete e livros da Biblioteca da Câmara.
Esquema de propina em emendas parlamentares
A operação da PF investiga a destinação irregular de verbas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS), onde 6% dos valores repassados seriam desviados como propina. Segundo os investigadores, a empresa ACF Intermediações, de Cliver Fiegenbaum, atuava como intermediária para facilitar o envio das emendas e garantir o repasse ilícito aos envolvidos.
O nome de Afonso Motta é citado na investigação, mas o parlamentar não foi alvo da operação. A Polícia Federal ainda apura se ele tinha conhecimento do esquema. Já Lino Furtado e outros suspeitos foram alvos de mandados de busca e apreensão.
A PF segue apurando o envolvimento de mais pessoas no esquema e a possível participação de parlamentares.